quinta-feira, 4 de maio de 2017

Madeleine Mccann


Contra factos há escapatórias



   Esta quarta-feira, assistimos na SIC Notícias a um triste espetáculo em que tudo interessou, menos os factos do caso. Num lado um advogado (pessoa cujas posições variam conforme quem lhe fornece dinheiro) a demonstrar como não se deve argumentar, com uma variável enorme de falácias, Rogério Alves, exibiu os seus dotes de fugir a perguntas desconfortáveis e ignorar factos para elaborar filosofias Rogerásticas, o mandatário dos pais de Madeleine, deu na SIC, uma aula aos alunos de direito de como não se deve fazer uma defesa. No outro lado tivemos o ilustre pseudo pensador, Miguel Sousa Tavares, (eu questiono-me) depois de todas as barbaridades que já saíram daquela boca ao longo do seu percurso mediático, haverá ainda alguém capaz de atribuir alguma credibilidade aquele senhor? O famoso especialista em tudo o que é tema não trouxe muito ao debate (performance de Rogério Alves em direto) a não ser manifestar os efeitos vocais do tabaco e de que mais possa ter afetado não só a sua voz mas também a sua capacidade cerebral.
   A questão fundamental é: ninguém pode afirmar que o casal Mccann é culpado, da mesma forma que ninguém pode afirmar que não é.
   O ex-inspetor e coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, Gonçalo Amaral, sustenta de que se deveria ter investigado e prosseguido a tese de que tinha existido uma morte acidental e posteriormente ocultação de cadáver, bem se é verdade ou não, não sabemos, mas sabemos que foram demonstrados indícios de que essa possibilidade existe, e possivelmente mais sustentada do que a tese de rapto.